O filme “Quando as luzes de apagam” é só mais um filme comum do gênero de terror, sem ter nada em especial que chame a atenção porque tem várias cenas clássicas de filmes de terror que são bem obvias e as cenas de sustos são bem obvias também, e sem contar na aparência nada surpreendente da entidade, esperava mais da aparência já que demoraram tanto para revelar.
Eu diria que foi um filme falho do terror psicológico. O filme é bom em criar uma tensão para cenas de sustos, mas para um filme que aparentemente deveria abordar um tema bem problemático como a depressão, e o medo de crianças do escuro falhou completamente. As falhas no roteiro sobre o desenrolar das descobertas sobre a entidade, e a reação dos personagens as situações deixaram a desejar no filme, porque convenhamos se você vê uma entidade do mal que quer te matar você não ficaria para ver o que aconteceria, ainda mais se você fosse uma criança. Quando eles tentam abordar a relação entre os personagens eles não se aprofundam o suficiente, mesmo o filme tendo um grande foco nos sentimentos e emoções dos personagens.
Mesmo tendo uma boa tensão para abertura das cenas de sustos, o roteiro se perde tentando explicar o que está acontecendo, e com o decorrer do filme a tentativa de explicar deixa o filme com bem previsível. Então se deixar de lado alguns pontos sobre o filme que daria um filme de terror psicológico muito bom, é um bom filme para assistir se você só quer tomar uns sustos óbvios.
Esse filme foi um pouco decepcionante porque o filme tinha tudo para entregar um filme de terror psicológico que mostra a entidade como uma representação física da depressão, que quanto pior você fica mais forte a depressão fica e assim mais poderosa a entidade fica, e a ligação que os psicólogos falam que ambientes escuros só te deixam pior. O filme trazendo essas questões prometia muito um filme de terror psicológico muito bom, mas para no final ser um filme de terror clássico, só com uma entidade que dá sustos e tenta matar todo mundo.
O grande ponto forte desse filme que seria mostrar a construção de uma relação familiar que estava bem ruim e ir melhorando, no final toda essa ideia não deu certo porque não trabalharam direito na relação de mãe e filha, assim deixando muitos pontos em branco na relação da família toda. Mas uma coisa assertiva no filme foi mostrar como Daina (a entidade) fica mais forte quando Sophie está fora de si, e isso abriu abertura para um filme que se trabalhasse melhor as explicações daria um bom filme de terror psicológico.
As faltas de explicações deixaram muitos buracos no roteiro, é como Rebecca e Martin venceram uma entidade que devia ser praticamente invencível, já que é onipresente, muito forte, não dá para tocar. Mas todas essas habilidades que deram pra Daiana tinham pontos falhos muito bestas, como ela é intangível, mas não pode atravessar portas, então ela deve ter entrado pela janela na casa da Rebecca já que não pode atravessar portas. Quando Rebecca simplesmente entrou na casa da mãe e achou caixas com toda a história de sua mãe e Daina, deixou a descoberta bem chata porque não teve aquela busca complicada para no final ter uma grande revelação da história.