“O telefone preto” é um filme que se passa nos anos 70 e é focado em um garoto chamado Finney de 13 anos que foi sequestrado por uma assassino de garotos. Uma das questões que achei interessante no filme foi o fato de terem invertido a ideia de que fantasmas ou seres sobrenaturais são ruins, como vemos na maioria dos filmes de terror, nesse filme vemos a maldade humana e a bondade dos fantasmas que só querem ajudar para mais ninguém sofre o que sofreram.
Falando um pouco da performance dos atores, tenho certeza que o melhor ator do filme foi Ethan Hawke que faz o sequestrador, ele conseguiu aterrorizar e transmitir a loucura mesmo usando a máscara, e ao mesmo tempo o ator Mason Thames foi impressionante transmitindo a vulnerabilidade e determinação para buscar sua liberdade. A direção e produção foram mais em elementos de suspense e horror, tendo uma construção crescente do medo e a cada revelação vai mantendo quem assiste intrigado.
Se você quer um filme que mistura horror psicológico que tem uma boa construção da tensão e com temas um pouco mais pesados, essa é uma boa escolha. O filme não tem cenas assustadoras, mas tem uma ótima construção de tensão, medo e nervosismo que quem assiste consegue sentir, então se não gosta de sustos com fantasmas vai gostar. No geral eu gostei muito do filme, e super assistiria outras vezes, mas eu achei que poderiam ter pegado um pouco mais pesado com a história, não que o filme não tenha cenas boas das mortes ou que a história do sequestro e assassinato não seja pesado, mas achei que por ser um filme com um tema bem pesado teria cenas mais fortes, aquelas cenas que até quem tem estomago forte reviram a cara.
A história foca em Finney Shaw, que é mostrado como um garoto tímido e frequentemente intimidado na escola, mas ao ser sequestrado tudo muda. Dentro do cativeiro, Finney encontra um telefone preto desconectado, que sem explicação toca e permite que ele se comunique com os fantasmas das vítimas anteriores do sequestrador. Cada ligação representa uma tentativa frustrada dos garotos anteriores de escapar do sequestrador, e esses garotos que foram mortos ensinam ao Finney a ter força e o que ele precisa para sobreviver. Enquanto isso, a Gwen, irmã de Finney, tem sonhos premonitórios tanto sobre seu irmão como também sobre os garotos que foram sequestrados e mortos antes de Finney, isso sugere que a conexão entres os irmãos é tão forte que permitiu que a Gwen fosse uma peça chave em solucionar o mistério.
Depois de muitas tentativas de fugir, Finney usou os ensinamentos das vítimas anteriores para transformar o porão em uma armadilha para matar o sequestrador. O golpe final do Finney mostrou toda a força que ele construiu do trauma, junto com a vingança pelos outros garotos. A parte mais legal da morte do sequestrador, obviamente além da morte dele, foi a ligação dos garotos para o sequestrador e o olhar do sequestrador quando os garotos falaram com ele pelo telefone e que percebeu que estava prestes a morrer. Quando Gwen achou que tinha acho seu irmão trouxe uma ansiedade achando que finalmente iam achar o garoto, mas não era Finney e sim onde estavam os corpos dos outros garotos, nesse meio tempo foi uma mistura de surpresa e desespero, já que os policiais estavam muito perto de ajudar o garoto.
“O telefone preto” se destaca como um filme de terror que vai além dos sustos tradicionais, preferindo apostar na narrativa mais tensa, que deixa quem assiste nervoso, ansioso e principalmente esperançoso. É uma excelente escolha para quem busca um terror mais envolvente, que equilibra tensão e emoção sem depender de sustos. Ao assistir o trailer e comentários de amigos que assistiram esperava muito do filme, e ele quase atingiu todas as minhas expectativas, mas eu esperava que tivesse mais cenas pesadas, por conta do tema do filme. Mas no geral é um bom filme e super veria novamente, e até mesmo as cenas de mortes foram boas, e vai agradar quem gosta da mistura de horror, suspense e terror psicológico.