Mãe!

Nome Original: Mother!
Direção: Darren Aronofsky |
Ano: 2017 |
Duração: 2h02m |
6.6

Um casal vive em um imenso casarão no campo. Enquanto a jovem esposa (Jennifer Lawrence) passa os dias restaurando o lugar, afetado por um incêndio no passado, o marido mais velho (Javier Bardem) tenta desesperadamente recuperar a inspiração para voltar a escrever os poemas que o tornaram famoso. Os dias pacíficos se transformam com a chegada de uma série de visitantes que se impõem à rotina do casal e escondem suas verdadeiras intenções.

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Crítica Macabra by Bia

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“Mãe!” é um filme provocativo que mistura horror psicológico e drama existencial, que tem em foco um casal que mora em uma casa isolada, onde eventos perturbadores começam a acontecer quando estranhos aparecem. Utilizando de uma incrível cinematografia, o filme traz uma esmagadora sensação de desconforto que vai piorando durante o decorrer dos acontecimentos. Nesse filme os pequenos detalhes na produção e direção é que o torna impressionante, tudo no filme é meticulosamente planejado. Os atores merecem destaque porque entregaram muito na atuação, principalmente a Jennifer Lawrence que conseguiu transmitir muito bem cada cena sem deixar falhas, suas cenas de confusão ficaram impecáveis trazendo mais ainda a sensação de confusão e desconforto para quem assiste. A direção do Aronofsky trouxe um clima de claustrofobia, a ideia de deixar as câmeras da Jennifer ficar mais fechada foi um toque muito bom para reforçar a sensação de sufocamento emocional da personagem. Mesmo sendo um filme visualmente incrível e com muito significado, não é um filme para qualquer um. Tem gente que pode considerar que o filme é só uma confusão total, mas para quem entendeu vê como o filme é incrível e cheio de camadas. Alguns podem achar chato, por só mostrar uma casa que claramente tem problemas e que piora quando estranhos aparecem, mas se você prestar atenção e refletir bastante nos detalhes vai descobrir todo o significado do filme e achar o filme genial. O filme é uma experiência intensa e conflitante que vai te deixar com muitas perguntas sobre o que está acontecendo durante o filme, mas se descobrir a real mensagem vai ficar com cara de bobo enquanto encaixa cada cena do filme. Se prepare para ou amar e achar uma obra prima ou odiar e achar péssimo.
“Mãe!” é basicamente um filme que mostra de forma bem ousada sobre a criação, destruição e sofrimento da mãe natureza. Já começamos conhecendo a personagem da Jennifer Lawrence que é a Mãe Natureza e Javier Barden como Deus, um criador egoísta que é obcecado por sua criação e pela adoração, sem se importar com o sofrimento da Mãe Natureza. Temos outras referências à bíblia no filme, como Adão e Eva interpretados por Ed Harris e Michelle Pfeiffer e também Domhnall Gleeson e Brian Gleeson fazendo os papeis de Caim e Abel. Todo o filme se passa na casa que é a representação do planeta, então todo o caos do filme acontece somente na casa, mas um local da casa em específico representa o paraíso, que é o escritório do poeta (Deus). Nesse filme vamos acompanhar o todo o processo da criação da humanidade e como a Mãe Natureza sofre até o momento que decide acabar com tudo, e Deus só preocupado em ser adorado e se o todo poderoso cria esse ciclo de criação e destruição. Ao longo do filme fica claro que o poeta se preocupa apenas com adoração e veneração das pessoas,  ignorando sua esposa que só pensa em deixar a casa impecável e em harmonia, e mesmo quando ela é desrespeitada e sua casa destruída ele não intervém. Com a chegada de Adão, Eva e seus filhos já começa todo o caos, tendo a encenação do primeiro assassino da história da humanidade, a partir desse ponto a palavra caos define o restante do filme, pode até ser meio complicado de acompanhar todos os acontecimentos depois que o poeta começa a ser adorado pelo poema que escreveu. Destacando o ponto mais pesado do filme que é a parte que os adoradores do poeta (Deus) sacrificam o bebe da mãe natureza, para consumirem, como nas missas que consomem o corpo de cristo. Ao perder seu filho a Mãe Natureza decide acabar com tudo,  mas mesmo depois de acabar com tudo Deus vai lá e recomeça de novo, essa repetição só enfatiza como Deus é egoísta e não aprende com os erros, e a única justificativa dessa sua obsessão pela criação é sua própria glória. O filme é impecável, trazendo uma cinematografia impecável que conseguiu trazer toda tensão, desespero e ansiedade planejada e juntando com a atuação incrível dos atores ficou perfeito, mas um detalhe interessante é que não teve trilha sonora e isso combinou com o filme melhor do que se tivesse uma trilha sonora. O filme parece sem sentido e chato quando não entende a mensagem, mas quando finalmente entende que é uma visão crítica sobre a moralidade divina e a humanidade. Dividindo opiniões sobre amarem e odiarem o filme, uma coisa é certa: você não vai conseguir terminar o filme de forma indiferente.
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Bia

Apaixonada por filmes de terror, Música pesada e totalmente sem paciência!!! Estudante de Exatas, escritora e desenhista!!!

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