“Fratura” é um thriller que tem o objetivo de brincar com a mente de quem está assistindo, confundindo sua percepção do que é real ou não. A trama se desenrola em meio a uma atmosfera de paranoia, onde Ray tenta desesperadamente provar que sua esposa e filha desapareceram no hospital e que estão conspirando para que ele não as encontre.
O filme é explorado questões como trauma, luto, alcoolismo e principalmente a fragilidade da mente humana. Desde o começo quem assiste consegue sentir que alguma coisa não está certa, deixando uma atmosfera de dúvida no ar, então quem assiste não sabe mais em que acreditar aumentando cada vez mais as dúvidas e paranoias.
A direção, cinematografia e trilha sonora conseguiram transmitir de forma eficaz a tensão, paranoia e dúvida durante o filme todo. Essa constante tensão que vai aumentando foi intensificada com os enquadramentos mais fechados, tons frios e uma trilha sonora mais discreta que super combinou com o filme.
No geral é um ótimo filme de suspense psicológico. Então se você curte filmes que vão brincar com a sua mente, tentar te enganar e ter um final chocante, esse é o filme certo.
Esse filme de suspense psicológico mandou muito bem em enganar quem assiste, mesmo que no início eu já suspeitasse que tinha algo errado com Ray. Quanto mais fui chegando no final do filme, comecei a acreditar nele, ainda mais quando ele “achou” a esposa e a filha em uma sala cirúrgica. Pequenos detalhes ao longo do filme, como a maneira como os funcionários do hospital agiam de forma suspeita e as incoerências nos registros médicos, alimentavam essa dúvida e paranoia. A cena em que Ray desce até o subsolo do hospital, encontrando um ambiente escuro e claustrofóbico, é começa uma tensão e reforça a sensação de que algo sinistro está acontecendo.
Mas aí vem o choque maior vem quando percebemos que tudo aquilo era fruto da mente perturbada de Ray. O filme entrega a reviravolta de forma impactante, revelando que sua esposa e filha nunca estiveram no hospital e que, na verdade, ele estava em negação sobre a tragédia que realmente aconteceu. A cena final, do Ray realmente acreditando ter salvado sua família, dirigindo para longe do hospital com um olhar sereno, enquanto a câmera revela a verdade cruel, foi uma ideia brilhante em sua execução porque trouxe um grande choque para quem está assistindo e também tira aquela sensação de alívio que senti achando que ele tinha salvo a família, mas também dó do paciente morrendo no banco de trás, não foi um bom dia para aquele garoto.
Considerando o filme como um todo, “Fratura” é um ótimo exemplo de como o suspense psicológico pode ser usado para explorar a fragilidade da mente humana. A direção incrível, a cinematografia fria e opressiva, e a trilha sonora discreta, mas eficaz, criam uma atmosfera constante de dúvida e tensão. É um filme que prende do início ao fim, deixando quem está vendo muito curioso para saber o desfecho, tentando desvendar o que é real e o que é fruto da mente do protagonista. Se você gosta de filmes que desafiam sua percepção da realidade e entregam finais surpreendentes, “Fratura” é uma escolha muito boa.