“Eli” é um filme sobre um garoto que tem uma doença rara que deixa ele alérgico a praticamente tudo, então para evitar o mundo exterior ele vive em uma bolha. Para tentar curar seu filho, Rose e Paul levam Eli para uma médica que tem tratamentos duvidosos para achar a cura. Com essa ideia de roteiro o filme tem uma ótima proposta, podendo construir um filme de terror psicológico, mas preferiram seguir com um filme de terror normal. Mesmo sem um filme de terror, o filme não proporciona cenas de sustos que realmente assustam, os únicos que se assustariam são pessoas que nunca viram filme de terror ou crianças. O filme começa seguindo a proposta de terror psicológico, trazendo cenas de claustrofobia de Eli, mas com o decorrer do filme isso vai se perdendo um pouco, mas podemos dizer que pode fazer sentido com o decorrer da história.
Acho que eles não trabalharam muito bem na proposta da doença do garoto, levando em conta que encontraram um lugar totalmente livre de contaminação, mas tudo isso foi para dar um motivo aparente para trancarem o garoto na casa de Horn. As cenas de sustos são cenas clássicas de filmes com entidades, sem nada muito especial, se você já viu alguns filmes com entidades vai saber exatamente o que a entidade no filme vai fazer. Mas para compensar as cenas de terror clássicas o filme tem um boa cinematografia e atores que fizeram muito bem seus papeis, principalmente o protagonista. Mesmo no início o filme parece um terror comum mas quando vamos chegando no final temos uma grande revelação que deixa ainda mais interessante, e ao terminar de assistir queremos uma continuação para saber quais serão as próximas escolhas de vida de Eli.
No decorrer do filme descobrimos que Eli não sofre de uma doença mas sim que ele tem ele é filho do diabo e para proteger o mundo do Eli e de outras crianças como ele, as freiras cientistas fazem rituais para suprimir o lado demoníaco de Eli, mas descobrimos que houve outras crianças antes que todas morreram, e o fantasma que supostamente tem tava machucar Eli na verdade tentava salvar ele tirando da “clínica”. No início vemos Eli como uma criança doce e inocente mas com o tempo ele abraça seu lado demoníaco e mata todos que causaram mal a ele, e não dá para culpar o lado demoníaco dele já que praticamente torturaram ele, então foi bem merecido a morte das freiras.
A reviravolta no final é um ponto muito positivo do filme, mas essa grande reviravolta pode fazer algumas pessoas criticarem o filme por acharem que essa grande mudança sem sentido, mas para mim essa grande reviravolta trouxe um toque incrível no filme porque desde o início acreditamos que Eli tem uma doença comum e que os fantasmas queriam matar ele e no final ele não tinha doença alguma, os fantasmas querem ajudar e que as freiras eram as grandes vilãs do filme.
A direção de Foy conseguiu trazer um ambiente de mistério e paranoia, mesmo o roteiro tendo uma construção dos personagens secundários mais ou menos e deixou certos elementos sem explicação no filme. Quando vamos chegando no final o filme dá uma brincada com fé, pecado e a busca pela aceitação, mas não explora esses temas muito a fundo e acho que também não faria muito sentido explorar esses temas tão a fundo já que o filme desde o início parece ser um filme de terror comum. O filme pode não agradar a todos, mas a revelação e cena de Eli matando todos que fizeram mal a ele fez traz um toque muito legal para o filme, então quem gosta de filmes de terror com uma reviravolta no final o filme é uma boa opção.
